Apoiadores do ex-presidente de direita do Brasil, Jair Bolsonaro, invadiram prédios do governo em Brasília no domingo, uma semana após a posse do presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva.
As autoridades russas ofereceram apoio a Lula, que agora preside o país que, como a Rússia, é membro do clube das economias emergentes do BRICS:
— Konstantin Kosachev, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Conselho da Federação:
“Eu estava no Brasil quando Lula tomou posse e vi tudo com meus próprios olhos: não havia nenhum sinal de tumulto. O que aconteceu agora é difícil de explicar e, do meu ponto de vista, não sistêmico”.
Escrevendo no aplicativo de mensagens TelegramKosachev disse: “É um estranho e sem sentido ‘putsch no nada’ no Brasil… O que resta é desejar ao longínquo e ainda próximo Brasil a restauração da lei e da ordem, estabilidade e prosperidade, e desejar a Lula da Silva confiança em sua retidão e consistência em suas ações.”
— Andrei Klishas, presidente do Comitê Constitucional do Conselho da Federação:
“A crise política no Brasil deve ser resolvida no marco da constituição do país. Um golpe de estado não pode ser uma saída para uma crise política, isso é verdade tanto para o Brasil quanto para a Ucrânia”, disse Klishas, referindo-se à revolução Euromaidan da Ucrânia em 2014, que derrubou o presidente de Kyiv, amigo da Rússia.
— Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin:
“Condenamos veementemente as ações dos instigadores dos distúrbios e apoiamos totalmente o presidente do Brasil, Lula da Silva.”