O projeto para investigar as imagens trazidas pelo James Webb começou na Comissão de Nebulosas Planetárias da União Astronômica Internacional (IAU) quando as primeiras imagens do telescópio foram divulgadas. Ao todo, 69 cientistas do mundo todo se juntaram ao trabalho. A NGC 3132 foi um dos cinco primeiros objetos cujas imagens foram reveladas oficialmente pelo JWST em julho de 2022.
Ao invés de competirem por uma interpretação das imagens apresentadas, astrônomos do mundo todo ingressaram no projeto para analisar os dados de maneira colaborativa, como conta Isabel: “Todos estavam tão empolgados que o trabalho entrava no final de semana e noite à dentro. As discussões foram extremamente ricas, com pesquisadores contribuindo com suas diferentes especialidades”.
De acordo com ela, os avanços na astronomia ajudam a entender o nosso lugar no Universo e saber como ele funciona: “Entendemos melhor a física atômica ao estudar esse tipo de sistema com condições físicas tão diferentes, por exemplo. As densidades nas nebulosas planetárias podem ser muito menores do que podemos reproduzir em laboratórios na Terra”.
Hektor conta que trabalha em um novo artigo, a ser publicado ainda em 2023, trazendo mais detalhes sobre a estrutura 3D e as propriedades físicas e químicas do sistema. Ele pretende apresentar dados atualizados desse estudo no Simpósio de Nebulosas Planetárias da IAU em setembro. As constatações partirão do modelo feito com os dados do Soar. Isabel trabalha continuamente com o JWST, participando de grupos que estudam nebulosas através de observações desse telescópio.
Mais informações: e-mail bebel.aleman@gmail.com, com Isabel Aleman, e-mail hektor.monteiro@gmail.com, com Hektor Monteiro, e e-mail claudia.oliveira@iag.usp.br, com Claudia de Oliveira