Kremlin: empresas russas podem ignorar acionistas estrangeiros ‘hostis’

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O Kremlin deu permissão às principais empresas russas para desconsiderar os votos dos acionistas dos chamados países “hostis” neste ano, como forma de combater a eficácia das sanções ocidentais.

O decreto, assinado pelo presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira, estipula que os regulamentos se aplicam a grandes empresas nos setores de energia, engenharia e comércio com proprietários sob sanções internacionais ou mesmo com acionistas estrangeiros minoritários, desde que o faturamento da empresa seja superior a 100 bilhões de rublos. (cerca de US$ 1,5 bilhão) no exercício financeiro anterior.

A medida faz parte de uma série de medidas tomadas pelo Kremlin para mitigar problemas ligados às rígidas sanções ocidentais à Rússia impostas após o lançamento da ofensiva militar de Moscou na Ucrânia.

Os chefes de várias empresas russas reclamaram recentemente de não conseguirem aprovar o orçamento anual de suas empresas ou modificar a composição de seu conselho de administração por falta de uma diretriz clara sobre a validade dos votos emitidos por acionistas estrangeiros.

A medida “temporária” vigorará até ao final deste ano, após o que as empresas terão de decidir se contam ou não os votos de accionistas “antipáticos”.

Citando uma fonte, a agência de notícias russa Interfax disse que os regulamentos afetariam cerca de uma dúzia de empresas.

A Rússia aumentou maciçamente o número de países que considera oficialmente ter cometido “ações hostis contra a Rússia, empresas e cidadãos russos” no ano passado, de apenas dois – Estados Unidos e República Tcheca – em 2021 para 49 países hoje, incluindo todos os 27 estados membros da UE.

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