O governo sérvio pediu a Moscou que encerrasse suas tentativas de recrutar sérvios para lutar na Ucrânia como parte do grupo mercenário Wagner, Reuters relatado na terça-feira.
“Por que você, de Wagner, liga para alguém da Sérvia quando sabe que é contra nossos regulamentos?” O presidente sérvio Aleksandar Vucic perguntou retoricamente durante uma transmissão de TV na noite de segunda-feira.
Vucic também criticou sites russos e grupos de mídia social por publicar material em sérvio pedindo aos sérvios que se juntassem a Wagner, o controverso grupo militar fundado por Yevgeny Prigozhin, um aliado próximo do presidente russo Vladimir Putin.
Segundo a lei sérvia, é ilegal que seus cidadãos lutem em conflitos no exterior.
Na terça-feira, a agência de notícias russa RIA Novosti publicado um vídeo de dois homens mascarados em um campo de treinamento de armas nas partes anexadas ao Kremlin na região de Zaporizhzhia, na Ucrânia, identificando-os como voluntários sérvios.
Voluntários sérvios participaram de combates no leste da Ucrânia ao lado de forças pró-Rússia em 2014 e 2015, informou a Reuters.
Vucic negou as acusações de que Wagner estava presente na Sérvia.
O ministro da Defesa sérvio, Milos Vucevic, também alertou os sérvios contra se juntarem às forças russas na guerra contra Kyiv, adicionando em entrevista à Radio Free Europe que “isso resultará em consequências legais”.
Embora Belgrado tenha condenado a invasão da Ucrânia pela Rússia, não se juntou a União Européia na imposição de sanções a Moscou, apesar de sua tentativa de ingressar no bloco.