Rússia e Azerbaijão criticam missão de fronteira da UE na Armênia

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Moscou e Baku criticaram na terça-feira o envio de uma missão de monitoramento expandida da UE para a volátil fronteira da Armênia com o Azerbaijão.

Os inimigos do arco Cáucaso, Armênia e Azerbaijão, travaram duas guerras pelo controle da região fronteiriça de Nagorno-Karabakh, mas recentemente fizeram progressos em direção a um acordo de paz.

A UE anunciou na semana passada que enviou uma missão civil de 100 membros (EUMA) por dois anos para o lado armênio da fronteira.

A medida ocorre em meio ao crescente engajamento ocidental na ex-região soviética vista pelo Kremlin como dentro de sua esfera de influência.

“A UE está abusando abertamente de suas relações com a Armênia e o Azerbaijão”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em uma entrevista coletiva em Baku, ao lado de seu homólogo azerbaijano, Jeyhun Bayramov.

Acrescentou que a missão da UE “suscita dúvidas quanto à sua legitimidade… funções, mandato e duração”.

Solicitada pela Armênia, a missão de fronteira ampliou uma equipe de 40 membros que foi destacada por dois meses no final do ano passado.

“A posição da Armênia nas negociações de normalização com Baku tornou-se mais destrutiva depois que a missão da UE foi estabelecida”, disse Bayramov.

Ele disse que a missão anterior de dois meses “falhou em atingir seus objetivos”.

Na semana passada, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, disse que depois do que chamou de uma reunião “construtiva” com o primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan em Munique, Baku estava estudando propostas armênias para um tratado de paz completo, que Yerevan havia revelado dias antes.

Quando a União Soviética entrou em colapso em 1991, os separatistas étnicos armênios em Karabakh se separaram do Azerbaijão. O conflito que se seguiu ceifou cerca de 30.000 vidas.

Outro surto de violência em 2020 deixou mais de 6.500 mortos e terminou após uma trégua mediada pela Rússia que viu a Armênia ceder territórios que controlava há décadas.

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